quarta-feira, 10 de junho de 2009

alunos

Um movimento repentino pra dentro
(recolhimento).

Um estranho desalojamento no contato com vidas que oscilam.
Será que eles resistem?
Até quando?
Para onde eles vão?
O que os precarizam?
O que os potencializam?
Que cartografia é possível desenhar além dos limites traçado a ferro e fogo?
Meninos e meninas que me despertam uma tristeza e uma doce, sim, uma doce ternura.

Mas ainda é possível dançar (...)
E isso eles fazem acariciando o trágico ainda não percebido

nas suas ingenuidades,
nos seus atabalhoados flertes,
na linguagem que engasga
e na esperança manca.

Os meus, o meu, o eu: comunga, lamenta, revolve, chora o mundo onde o que mais se vê ainda é a redundante performance vazia.

Nos molhe, vida!


Um comentário:

  1. é...

    o "mar de lama" da virgínia virou inspiração.

    adorei o texto. linda revelação da sua relação com "os meninos". preocupação. lamentação. à procura por algo que aponte a luz no fim do túnel.

    (in)grata profissão, meu rei.

    ResponderExcluir