bailarino sentado na cadeira no centro do palco sem se mexer. balbucia algumas palavras:
corpo?
corpo? corpo? cadê você? assim, aqui, isso. lento, lento, nesse compasso,
agora, junto. vôo na luz; eu, ele, ela, e também ele, e mais ela. dança,
físico, palavra não dita, comunicação em espasmos, vai chegar. chegou? círculo,
ritual, música, nosso japão tropical e a delicadeza no fino monumento composto
de carne, força, órgãos que se ausentam, linhas, fugas e presenças. bacias
lanternas chapéus, meu escudo e minha roupa, minha prancha e meu refugio. marcha
dança, marcha ré, duplos no vazio, preenchimento a conta-gotas no tempo expandido.
o mundo gira e se alinha no som que parece não ter começo nem fim, paira e se
faz chão de uma morada errante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário