domingo, 29 de setembro de 2013



bailarino sentado na cadeira no centro do palco sem se mexer. balbucia algumas palavras:


corpo? corpo? corpo? cadê você? assim, aqui, isso. lento, lento, nesse compasso, agora, junto. vôo na luz; eu, ele, ela, e também ele, e mais ela. dança, físico, palavra não dita, comunicação em espasmos, vai chegar. chegou? círculo, ritual, música, nosso japão tropical e a delicadeza no fino monumento composto de carne, força, órgãos que se ausentam, linhas, fugas e presenças. bacias lanternas chapéus, meu escudo e minha roupa, minha prancha e meu refugio. marcha dança, marcha ré, duplos no vazio, preenchimento a conta-gotas no tempo expandido. o mundo gira e se alinha no som que parece não ter começo nem fim, paira e se faz chão de uma morada errante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário