quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Delicadeza e Gentileza pra 2009.


Delicadeza
Por não ser a delicadeza algo inerente ao homem, precisamos tanto dela. É mais fácil encontrar alguma delicadeza espontânea entre os animais. A indelicadeza é própria do humano.
O homem criou e expandiu um sem número de artefatos de morte; o homem valoriza e aperfeiçoa infinitos recursos para exibir sua suposta superioridade sobre os semelhantes, ferindo continuamente o frágil equilíbrio entre as representações do eu e do outro.
Só o homem é capaz de ferir o silêncio, aniquilar a escuridão, desacreditar do mistério, acelerar o tempo. Acima de tudo, somos indelicados com o tempo: desde o início da era industrial, o homem vem esgarçando esse frágil e precioso tecido da existência. Por isso a delicadeza é uma conquista, um valor ético, um parâmetro estético.
(Maria Rita Kehl)
(e a Gentileza é do Gentileza)
Um beijo. E um 2009 SUPIMPA.
"todos os encontros/ todos os poemas/ manda me avisar
todos os embates/ todos os dilemas/ manda me avisar"
(marcelo camelo)

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